Comportamento e Educação / 3 min
As relações afetivas familiares moldam nossa personalidade. O convívio com os irmãos na infância pode ser determinante para definir nosso comportamento com outras pessoas.
Devido ao vínculo estreito e à convivência diária, conflitos podem surgir no relacionamento entre irmãos. Isso precisa ser bem administrado pelos pais para não gerar tensões no presente e dificuldades em relações sociais no futuro.
Portanto, confira no nosso artigo 5 formas de estimular um bom relacionamento entre irmãos.
Os conflitos entre irmãos certamente surgirão, seja devido a diferenças de idade e temperamento, seja por motivação de ciúmes, insegurança ou carência. Contudo, o problema não está no surgimento dessas divergências, mas, sim, quando a família os ignora ou até mesmo os intensifica, em vez de intervir para solucioná-los.
Mas tal intervenção não significa agir como um juiz, dizendo qual dos irmãos está errado no conflito. É preciso agir como um mediador e ajudá-los a encontrar a melhor solução. Por exemplo, se a disputa é por um brinquedo, você pode sugerir a eles revezar o uso ou escolher algum outro brinquedo que possam utilizar juntos.
Um irmão não é igual ao outro, e por isso, é preciso que os pais evitem comparações. Afinal, atitudes opostas a isso apenas aumentarão a hostilidade entre eles, podendo gerar um efeito contrário ao esperado.
Por exemplo, dizer a um filho que ele deveria ser tão bom aluno quanto o outro não fará com que ele se sinta motivado a estudar mais. Ao contrário, pode fazer com que ele se sinta preterido e, dessa forma, comece a ter um desempenho ainda pior nos estudos.
Para fortalecer o vínculo, a família pode criar situações que promovam a cooperação entre os irmãos. Eles podem atuar em conjunto nas tarefas do dia a dia, em brincadeiras, em passeios, nas atividades da escola, na rotina da casa etc.
O filho mais velho pode se sentir bem ao desenvolver pequenas atividades de cuidado em relação ao irmão menor, como ajudar no banho, na alimentação e na tarefa de casa. No entanto, tenha atenção! É preciso que sejam atividades simples e que ocorram sob supervisão dos adultos, para que um filho não tenha que assumir em relação ao outro uma responsabilidade que o coloque sob pressão.
As crianças são diferentes, e cada uma tem habilidades específicas. Portanto, ao escolher as atividades extracurriculares, procure direcionar cada filho à de seu interesse. Colocar os dois para fazer futebol, por exemplo, sendo que esse esporte é de interesse de apenas um deles, pode gerar ressentimentos, já que quem tem mais habilidade se desenvolverá melhor que o outro.
Sendo assim, deixe que cada filho escolha as atividades com que mais se identifica. Isso fortalecerá sua autoestima e pode render excelentes bate-papos com troca de experiências entre os irmãos.
Quando as crianças têm temperamentos muito diferentes, os conflitos podem surgir. Os pais devem ensinar aos filhos a tratar qualquer pessoa como gostariam de ser tratados. Devem conduzi-los a entender que cada pessoa é única e deve ser respeitada. Portanto, intervenha em momentos de conflito ajudando-os a entender que o respeito às diferenças é essencial.
Entre as formas de respeitar um irmão estão: não mexer em seus pertences, conversar em um tom de voz amigável — mesmo quando discordarem em algo —, entender suas opiniões e reconhecer seus méritos.
O responsável deve ajudar as crianças a lidar com seus sentimentos e emoções em relação a seus irmãos, como ciúme, inveja, raiva, entre outros. Dessa forma, no futuro, serão adultos emocionalmente saudáveis, preparados para enfrentar conflitos em sua vida social.
O respeito é essencial para a vida em sociedade, seja entre irmãos, amigos, parceiros ou mesmo desconhecidos. O relacionamento entre irmãos é a primeira oportunidade para “praticar” o respeito, a empatia e a compaixão, tão necessários à vida em sociedade. Ajude seus filhos nesse momento, e criará adultos empáticos e gentis.
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