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Psicólogo para crianças: saiba quando procurar apoio profissional!

Bianca

Crianças são cheias de fases: há a época das birras, o período de contestar a autoridade dos pais, os momentos mais extrovertidos e os mais introvertidos. Contudo, como ter certeza que essas oscilações comportamentais estão dentro da normalidade? Quando é hora de procurar um psicólogo para crianças?

Neste texto, falaremos de alguns dos principais sinais de alerta para a saúde mental infantil. Esses indícios podem ser uma reação a situações externas, como divórcio dos pais, perda de contato com alguém querido etc., ou mesmo de alterações hormonais da criança. Acompanhe e saiba mais!

Sinais que servem como termômetro

De acordo com a professora da PUC-MG, Heloísa Cançado Lasmar, “crianças, geralmente, são cheias de vivacidade. Quando elas passam a chorar muito, a ficar quietas, a parecer tristes, é preciso conversar para saber o que não vai bem”. Além de mudanças de comportamento e de humor, também existem indícios físicos que representam problemas emocionais. É o caso de crianças completamente desfraldadas que voltam a fazer xixi na cama.

É claro, como dissemos, crianças são cheias de fases. Por isso, cabe à família — que conhece o pequeno e suas oscilações de humor — perceber quando essas alterações estão se tornando preocupantes. Veja alguns dos sinais que merecem atenção:

  • mau comportamento (birras, gritos, agressões físicas contra os pais etc.);
  • dificuldade em fazer amizades;
  • tristeza irregular e choro excessivo;
  • incapacidade de expressar seus sentimentos;
  • déficit de atenção e dificuldade de aprender;
  • defasagem de desenvolvimento cognitivo;
  • medo excessivo de algo, como ficar sem os pais ou dormir sozinha;
  • sexualidade muito aflorada para a idade;
  • distúrbios de alimentação (comer muito ou pouco);
  • escapes de xixi muito frequentes, principalmente à noite;
  • dificuldade de usar a imaginação na hora de brincar.

Enfim, sinais que, por corresponderem à falta ou ao excesso de comportamentos tipicamente infantis, merecem ser observados sob o ponto de vista terapêutico. Outra dica é ficar de olho na saúde do ambiente familiar: se há brigas ou tensões frequentes, mesmo que a criança não demonstre entendimento, vale a pena observá-la com mais cuidado.

Algumas linhas de terapia para crianças

Se você acha que seu filho ou filha não vai muito bem e, por isso, deseja consultar um psicólogo para crianças, saiba que existem muitas possibilidades de psicoterapia infantil. Algumas das mais aplicadas estão descritas abaixo.

Terapia cognitiva comportamental (TCC)

Normalmente, a terapia cognitiva comportamental é indicada para crianças que têm algum comprometimento cognitivo derivado de distúrbios no neurodesenvolvimento. Ou seja, são os casos dos pequenos que apresentam déficit de atenção, dificuldades de raciocínio ou problemas de comportamento devido a um transtorno neurológico.

A grande característica da TCC é que ela atua sobre a forma que a criança reage a estímulos, já que os efeitos emocionais e comportamentais surgem justamente de um processamento cognitivo desregulado. Então, os tratamentos incluem:

  • técnicas para que a criança aprenda a identificar sentimentos e pensamentos e lidar melhor com eles;
  • estímulo à solução de problemas, por meio de brincadeiras e atividades de raciocínio;
  • treino de habilidades cognitivas, como a memória, a atenção e a percepção;
  • treino de habilidades sociais, de modo a estimular reações positivas durante interações sociais, frustrações, confrontos e afastamento temporário dos pais;
  • reversão de hábitos, no caso de crianças que desenvolvem tiques e hábitos nervosos;
  • trabalho de reforço positivo junto à família, para que os pais também aprendam a estimular comportamentos adequados da criança.

Ludoterapia

A ludoterapia é baseada no estímulo à imaginação e à criatividade. Por meio de brincadeiras de faz de conta, psicólogos conseguem observar a raiz dos problemas emocionais da criança, além de construir representações que ajudam o pequeno a lidar com esses aspectos.

Musicoterapia

A musicoterapia, por sua vez, ajuda a criança a se expressar e a entender melhor seus sentimentos — por isso, é uma técnica bastante aplicada em crianças com autismo. Ela é utilizada como uma estratégia de intervenção psicoterápica. Os efeitos incluem o relaxamento, o desenvolvimento de disciplina e o entendimento de limites.

Arteterapia

A arteterapia busca ajudar os pequenos a lidar com problemas emocionais por meio de expressões artísticas. Com o desenvolvimento de narrativas, desenhos e pinturas, por exemplo, o terapeuta busca identificar as causas do desequilíbrio psicológico infantil. Ao mesmo tempo, as produções de arte ajudam as crianças a lidar com seus sentimentos e conflitos internos.

Antes de procurar um psicólogo para crianças, é muito importante conversar com o pediatra que já acompanha a família e, se for o caso, ele poderá indicar algum profissional. A dica final é sempre ter atenção em mudanças na personalidade e nos hábitos da criança: qualquer comportamento fora do comum pode ser um sinal de alerta.

Você já precisou levar seu filho em um psicólogo? Como percebeu que isso era necessário? Deixe um comentário nos contando!

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