Comportamento e Educação / 3 min
Muitos de nós fomos criados por meio de uma educação tradicional em que o comportamento errado era punido e eram utilizadas estratégias de suborno para conseguir que a criança fizesse o esperado. A disciplina positiva não é uma metodologia, mas sim uma nova forma de encarar a educação de uma criança.
Em vez de utilizar métodos como “se você não se comportar, fica sem videogame”, ou agredir física ou emocionalmente a criança, ela trabalha o fato de que o relacionamento familiar deve ser saudável e que a criança deve se tornar um adulto responsável e respeitoso.
Para entender melhor como ela funciona e quais são as vantagens para o desenvolvimento infantil, continue a leitura!
Ainda há quem confunda a disciplina positiva com permissividade, mas utilizá-la não tem a ver com deixar que a criança faça o que bem entender. O objetivo é repensar a educação, sempre levando em consideração que a empatia e o respeito são formas mais eficientes de educar uma criança em longo prazo.
Quanto aos critérios, na disciplina positiva existem 5, que são:
De fato, colocar a disciplina positiva em prática não é uma tarefa fácil e é comum levar um tempo até se adaptar e cometer alguns equívocos. Não se culpe demais, leva tempo para desconstruir paradigmas. Aqui vão algumas dicas para ajudar.
Muitas crianças fazem “birra” ou comportamentos inadequados para chamar atenção e, por diversas vezes, conquistam resultados. Quando pequenas, elas não conseguem distinguir a atenção positiva da negativa e tendem a repetir o comportamento para conseguirem o que desejam.
Em um momento de birra, o primeiro impulso é a agressividade e a ameaça, no entanto, é preciso afastar-se, ganhar fôlego e então dizer algo como “enquanto você estiver gritando, eu não vou te ouvir. Quando você se acalmar, conversamos”.
Pode ser que o resultado demore a vir, mas uma hora ela compreende que a estratégia que estava acostumada a seguir não funciona mais.
Na convivência em sociedade, toda ação traz uma reação. A criança precisa compreender isso desde pequena e, por este motivo, a superproteção é evitada. Se ela deseja fazer algo que terá uma consequência ruim, desde que não seja grave, você deve permitir e apontar a consequência do ato.
Em vez de se impor como figura autoritária e utilizar o poder para obter o que deseja, conquiste-a.
Se a criança se jogar no chão de uma loja porque queria determinado brinquedo, em vez de gritar, ameaçar ou subornar, os pais devem dizer algo como: eu sei que você queria aquele brinquedo, mas não o compraremos hoje. Apesar de reconhecer a dor da criança, o desejo não foi satisfeito de forma permissiva.
Sempre se certifique que a criança entende que seus alertas e preocupações são porque você a ama.
Demonstre que os erros podem ser utilizados como forma de aprendizado. Isso melhora a capacidade criativa e estimula a continuar tentando alcançar os objetivos, ainda que falhe em um primeiro momento.
Durante os primeiros meses de vida não há como aplicar a disciplina positiva, mas a partir dos 8 ou 9 meses de idade — fase em que o choro é a forma de comunicação — é quando ela pode passar a ser utilizada. Desde essa idade em diante, é possível colocar em prática, mas tenha em mente que quanto antes melhor.
Se você gostou de aprender sobre a disciplina positiva, compartilhe essas informações para que mais pessoas saibam sobre os seus benefícios no desenvolvimento das crianças!
Indico muito o trabalho de Lua Barros. Voces poderiam fazer um convite e ela daria uma palestra para os clientes taglab!