
Comportamento e Educação / 3 min
A chupeta é muito utilizada na hora do sono do bebê, nos momentos de choro, em crises de cólica etc. É um acessório que se torna importante para o bem-estar infantil, até porque muitas vezes os pequenos sentem a necessidade de sucção. Por isso, precisamos entender como tirar a chupeta sem traumas.
Observar se a criança está preparada é essencial. Afinal, não existem regras universais quando se trata da infância: cada criança tem seu ritmo e suas necessidades. Por isso, neste post, mostraremos algumas dicas para que esse processo seja gradual e tranquilo. Acompanhe!
O assunto é polêmico, mas nesse momento não existe certo ou errado. Afinal, a chupeta se torna um apoio emocional do bebê. Então, o que conta mais na decisão de tirar a chupeta é se o pequeno está pronto para essa “perda”.
No entanto, existem recomendações para que o acessório não seja usado após o 1º ano de vida. Isso porque ela pode “tornar-se prejudicial à formação da face, à respiração, à dentição e à fala”, como alerta a pediatra Raquel Quiles, do Hospital das Clínicas de SP, em entrevista à Revista Abril.
Lembre-se, também, de não fazer essa tentativa quando já há uma grande mudança acontecendo na vida do bebê, como a ida para a creche ou o desfralde.
Jamais tire a chupeta de uma hora para a outra. Aos poucos, comece a evitar o uso da chupeta sem necessidade, como nos momentos em que a criança está tranquila e brincando e feliz ou depois que cai no sono. Restrinja o uso às crises de choro e na hora de dormir. Depois elimine o uso fora de casa: “a chupeta não sai de casa.”
Introduza um novo elemento de conforto junto à chupeta, como uma naninha ou um bichinho de pelúcia — coloque nas mãos da criança da hora de dormir, por exemplo. Depois de alguns dias, tente tirá-la e observe se o pequeno se consola somente com o novo objeto.
Você também pode conversar com o pequeno para que ele mesmo entregue a chupeta em certa data, como no Natal. Diga que ele precisa dar o acessório para o Papai Noel para receber um grande presente natalino ou um passeio incrível.
Essa dica é clássica e pode dar certo: furar o material do bico faz com que a sucção não seja mais tão agradável. Desse modo, a própria criança perde o interesse no objeto.
Proponha um jogo: vocês só podem falar de boca vazia. Assim, quando o pequeno disser alguma coisa enquanto suga a chupeta, você faz cara de quem não está entendendo nada. Além de dar boas risadas, a criança começará a tirar o acessório sozinha.
Durante resfriados, a criança rejeita a chupeta devido à dificuldade de respirar pelo nariz. Nesse momento, aproveite a oportunidade para tirá-la de vista. Se der sorte, o pequeno pode nem se lembrar delas quando estiver melhor.
Você pode tentar um método de três dias para que a criança não sinta tanto essa perda:
Se ele reagir mal a essa técnica ou protestar muito no momento de recolher as chupetas, é melhor falar “tudo bem, tentamos de novo na próxima semana” e não forçá-lo.
Por fim, uma dica de extrema importância: mesmo que não esteja tentando tirara a chupeta, lembre-se de nunca prendê-la na roupa do bebê com paninhos ou cordinhas. Além de incentivar o uso mais frequente, já que o objeto está sempre acessível, isso promove o risco de sufocamento.
Não é fácil saber como tirar a chupeta, não é? No entanto, essas dicas o ajudarão a realizar essa mudança com respeito às necessidades da criança. Afinal, os pequenos que aprendem a usar esse recurso se apegam a ele como um elemento de satisfação afetiva e conforto.
Cada criança e família tem a sua dinâmica. Alguns acreditam que seja bom tirar a chupeta (e esperamos que esse post tenha ajudado). Para outros, não há mal nenhum em continuar usando a chupeta por bastante tempo. Cada mãe saberá o que é melhor para o seu filho.
Caso você tenha interesse em saber sobre influência física e psicológica da chupeta na vida da criança. Leia nosso post para entender mais!