Sem categoria / 3 min
A empatia é um sentimento difícil de ser desenvolvido — inclusive entre os adultos. Muitas vezes, é complicado se colocar no lugar do outro em situações de conflitos ou, até mesmo, no dia a dia. Então, como ensinar empatia para os pequenos?
Essa é uma tarefa na qual o papel dos pais é fundamental. Afinal, as crianças têm ainda mais dificuldade de perceber as necessidades dos outros e colocá-las no mesmo nível de importância que as suas próprias. Por isso, acompanhe este texto e veja algumas dicas.
Crianças empáticas têm mais facilidade de lidar com conflitos, são mais calmas, conhecem melhor seus sentimentos e se desenvolvem de maneira menos egoísta. Por isso, ninguém melhor do que os pais para ensinar sobre esse sentimento complexo que é empatia.
De acordo com a psicóloga e professora da USP, Maria Beatriz Linhares, em entrevista para o Estadão, “até os 3 anos, temos um alicerce importante no desenvolvimento de várias áreas, inclusive a afetiva. E os estímulos que a criança recebe do ambiente fazem uma grande diferença.” Por isso, a importância de começar a ensinar empatia para as crianças ainda bem pequenas
E então, quer saber como ensinar empatia para as crianças? Então, veja, abaixo, algumas dicas que podem ajudá-lo nessa tarefa.
O primeiro passo é evitar o autoritarismo exagerado. Com atitudes muito impositivas, a criança pode pensar que a gente não precisa levar em conta o que o outro pensa, uma vez que terão a percepção de que os seus sentimentos também estão sendo ignorados.
O contrário também é preocupante: pais muito permissivos fazem com que os filhos enxerguem o mundo sob uma ótica individualista — o que eu quero, eu posso. Fazendo com que a criança acredite que apenas a sua perspectiva importe.
Por isso, o ideal é encontrar um meio termo, em que seja aplicada uma disciplina positiva. Isto é, com bons reforços, mas com diálogo frequente e regras claras. Explicar o porquê das decisões costuma ser bastante efetivo.
A melhor forma de ensinar uma criança é sendo um exemplo. Um comportamento dos pais que demonstre o famoso “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” pode confundir o entendimento da criança sobre relações interpessoais.
Em um desentendimento entre os pais, por exemplo, devem ser evitadas frases que deem a entender a falta de empatia. É positivo dizer, portanto, “eu entendo, mas na minha opinião…” ou “você está certo, mas consegue entender meu lado?”.
Outro fator importante é o conhecimento acerca dos próprios sentimentos. Se a criança não consegue identificar um comportamento egoísta, não poderá evitá-lo. Por isso, ajude-a a entender o que sente, mesmo em momentos tensos de birras.
Para isso, você pode dizer algo como: “agora, você está se sentindo frustrado porque aconteceu tal coisa, mas esse tipo de comportamento tem tais consequências. Por isso, podemos agir desse outro jeito”.
Como ensinar empatia sem mostrar que a vivência do outro é sempre diferente da sua? Quanto mais a criança tem a percepção de que o mundo é maior do que o que ela vê em casa, mais ela conseguirá entender que as pessoas têm outros motivos, comportamentos e sentimentos.
Por isso, amplie os círculos de convívio, assista filmes que mostrem realidades diferentes e leia histórias desde cedo. Assim, a criança aprenderá a se colocar no lugar dos personagens que vivem situações fictícias diferentes das que ela experimenta no dia a dia.
Ajude o pequeno a resolver problemas levando em consideração os sentimentos alheios. Em uma briga de irmãos ou se a criança bate em um colega da escola, mostre que aquela atitude machucou e deixou o amiguinho ou o irmão triste.
Depois, mostre alternativas para a solução do conflito. Se o pequeno brigou porque não queria dividir um brinquedo, por exemplo, indique a possibilidade de revezamento ou, então, de brincarem juntos.
Procure demonstrar nas mais variadas situações do dia a dia a perspectiva do outro. Por exemplo: um amiguinho escorregou e caiu. Peça ao seu filho para se colocar no lugar da criança. O que ele gostaria que os outros fizessem se ele tivesse caído: ficassem rindo dele, ignorassem a sua queda ou o socorressem? Será que a criança que caiu não se machucou?
Diante dessa leitura, você já sabe como ensinar empatia é uma tarefa de grande importância. Além disso, viu que existem formas de inserir esse conceito desde cedo na cabecinha dos pequenos: com bons exemplos, muito diálogo e lições de valor.
Para conferir outros posts como este, assine a nossa newsletter e receba novidades diretamente em sua caixa de entrada!
Sem categoria / 3 min
Sem categoria / 3 min
Adorei essa maneira de ensinar empatia para as crianças.Vou enviar para minha filha e comentar com meus filhos sobre o assunto