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Ansiedade infantil: como identificar se meu filho é ansioso?

Bianca

De acordo com o especialista Fabio Barbirato, em entrevista para o jornal O Globo, “a ansiedade é marcada por indícios como dificuldade de concentração, insônia e preocupação excessiva”. Quando estamos falando de ansiedade infantil, porém, pode ser mais difícil identificar o problema.

Afinal, os pais podem julgar que a criança está apenas fazendo manhas, birras ou querendo chamar a atenção. No entanto, é preciso ficar de olho. Crises de ansiedade podem levar ao desenvolvimento de transtornos que afetam grandemente o bem-estar do pequeno. Entenda!

Como a ansiedade pode aparecer?

Emocionalmente, a criança pode vivenciar medos irracionais, sentir insegurança, carência ou irritabilidade. O pequeno também pode ter crises de choro, escapes de xixi ou até ficar paralisado. Uma crise de ansiedade ocasiona:

  • batimentos cardíacos acelerados;
  • respiração ofegante;
  • aumento da liberação de glicose no sangue, que leva a um quadro de hiperatividade;
  • tensão muscular;
  • tremores nas mãos e aumento do suor;
  • dor de barriga etc.

Para os pais, o sinal de alerta vem quando essas crises se tornam frequentes, muito intensas ou claramente ligadas a situações específicas. Nesse caso, é possível que a criança esteja em um quadro patológico. Os transtornos de ansiedade crônica mais comuns estão descritos abaixo.

Ansiedade de separação

A criança tem muita dificuldade de se separar dos pais, seja para começar a vida escolar, seja para dormir na própria cama à noite. Pode chorar muito nas despedidas, urinar ou evacuar na roupa, negar-se à ir para o quarto à noite etc.

Ansiedade social

A fobia social envolve medos ou preocupações excessivas sempre que a criança interage com pessoas fora do seu círculo familiar. Com isso, passa a ter crises de ansiedade quando precisa falar em público, participar de eventos sociais ou mesmo frequentar a escola.

Ansiedade Generalizada

O Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG) faz com que a criança se sinta ansiosa a maior parte do tempo, se tornando excessivamente insegura sobre aspectos do dia a dia, como o desempenho escolar ou o que vestir. Também pode se preocupar com coisas maiores, como catástrofes naturais e assaltos, a ponto de ter crises de ansiedade.

Fobias específicas

As fobias — medos muito acentuados de situações ou objetos específicos — também são um transtorno de ansiedade. A criança pode ficar desesperada se precisar lidar com o foco da fobia, como água, escuro, insetos, injeções, andar de carro etc.

Transtorno do pânico

No transtorno do pânico, as crises de ansiedade se tornam tão fortes que a criança pode vomitar, ter tonturas, falta de ar e, até mesmo, desmaiar — ainda, é comum que o motivo de ansiedade seja as próprias crises. Pessoas que sofrem do transtorno temem que as crises sejam tão fortes que as façam perder a sanidade ou mesmo morrer.

O que os pais devem fazer?

É importante entender que a ansiedade é um sentimento natural do ser humano. Por isso, é comum que as crianças tenham sintomas como os que descrevemos, principalmente diante de situações estressantes ou novas, como uma mudança de escola.

Caso os pais percebam que a ansiedade infantil está parecendo mais séria, as dicas abaixo devem ajudar:

  • converse bastante, tentando entender a criança e apoiá-la. Mostre que ela tem com quem contar para lidar com esses medos;
  • experimente técnicas de relaxamento, como imaginar um “lugar seguro”, respirar lentamente e contar até 10;
  • prepare para a situação que possa gerar ansiedade (por exemplo: se a criança precisa fazer uma apresentação na escola, treine com ela o que será dito antes)
  • encontre o foco da ansiedade para que a criança enfrente-o fracionadamente. Quando o motivo é mais sério, busque soluções — por exemplo, se o pequeno está sofrendo bullying, vale a pena conversar com os diretores ou mudá-lo de escola;
  • analise o ambiente familiar, pois o comportamento dos pais quase sempre tem a ver com o estado emocional das crianças. Analise se não há agressividade em casa, superproteção, falta de carinho, críticas em excesso ou muitos conflitos.

Por fim, se o quadro de ansiedade infantil permanecer sem melhoras, não hesite em buscar apoio profissional. O aparecimento de transtornos prejudica a qualidade de vida do pequeno. Como consequência, a criança pode ter dificuldades na socialização, no aprendizado e em outros aspectos importantes do seu desenvolvimento.

Seu filho já teve crises de ansiedade? Como você lidou com a situação? Algum tratamento clínico foi recomendado? Deixe um comentário!

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